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Legacy: Análise dos Banimentos de 31 de Março

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31 de Março trouxe uma nova rodada de banimentos a vários formatos. Nesse artigo vamos analisar como o Legacy foi afetado por esses banimentos!

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审核人 Tabata Marques

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  1. > Apresentação
  2. > Troll of Khazad-dûm
  3. > Sowing Mycospawn
  4. > O Metagame Pós-Banimento
  5. > Conclusão

Apresentação

Bom dia, boa tarde, boa noite, meus amigos do Legacy!

A gente estava aguardando.... especulamos bastante e finalmente tivemos o tão aguardado anúncio de banimento de Março de 2025, com todas as implicações e reclamações que toda modificação na lista de banidas causa. Bem, para poder discutir o que aconteceu no nosso formato, vamos ver o que é que aconteceu nesse 31 de Março de 2025:

Troll of Khazad-dûm e Sowing Mycospawn estão banidos do Legacy.

Segundo a Wizards, embora o Metagame Legacy estivesse relativamente balanceado, na opinião deles, arquétipos mais lentos como Control e Midrange haviam perdido espaço e as mudanças tinham por objetivos abrir lugar para esses macro-arquétipos, ao mesmo tempo esperando que um aumento desses decks pudesse colocar um freio em arquétipos de caráter mais “All-In”.

Vamos analisar a decisão por trás dos banimentos e suas repercussões.

Troll of Khazad-dûm

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Pela terceira vez seguida, o Dimir Reanimator mandou mais uma carta para a lista de banidas. Primeiro foi o Grief, depois o Psychic Frog e agora o Troll. Mesmo com os banimentos anteriores, o deck ainda estava no topo do formato e, embora não tivesse os números opressivos com seu reinado anfíbio, ainda era um problema capaz de expulsar estratégias para fora do Legacy. Era um bom palpite esperar que a Wizards tomasse alguma ação contra o deck, mesmo que alguns jogadores (eu me incluo nessa) não acreditassem que isso acontecesse nessa janela.

Uma vez que foi decidido que o deck seria atingido, era uma questão de como afetá-lo. Acredito que eram 3 cartas na mira do Martelo do Ban: Entomb, Reanimate e Troll of Khazad-dûm. Banir a primeira seria basicamente decretar o fim do arquétipo, e conforme ficou claro no artigo com as explicações, esse não era o objetivo da Wizards. Reanimate é uma carta problemática por ser muito eficiente, mas ainda há maneiras de trazer os mortos de volta, portanto a estrutura do deck não mudaria muito, embora ter que usar Exhume ou Shallow Grave não seja o ideal.

Por fim, vamos à opção escolhida.

O que o Troll agregou ao deck foi um aumento explosivo de consistência, pois ele cumpre várias funções: ele é por si só um alvo de Reanimação que já se coloca sozinho no cemitério por 1 mana e, embora não tenha o impacto de uma Atraxa, Grand Unifier ou Archon of Cruelty, muitos decks não tem resposta para um 6/5 virtualmente imbloqueável no turno 2. Além disso, ele faz a mana do deck ficar muito mais estável, a ponto de permitir que o deck use Wasteland, uma proposta fora da realidade antes da sua presença. Por fim, o Troll libera um grande espaço na construção do deck, que antes da sua presença precisava de uma grande redundância de monstros para serem Reanimados - já que o seu plano alternativo ao Entomb era descartar o bichão com Careful Study ou um auto-Thoughtseize.

Esse espaço foi prontamente preenchido com uma segunda estratégia de jogo que permitia ao deck se transformar em um Dimir Tempo, primeiro com Psychic Frog, mais recentemente com Barrowgoyf e Murktide Regent. Assim, sem a redundância e economia de espaço que o Troll fornece, o deck vai ter que se reconstruir.

Temos a versão Dimir original com Careful Study. Temos a versão Rakdos com Faithless Looting, o Tin Fins, que busca combar Griselbrand com Shallow Grave e até mesmo versões budget Monoblack ou versões Grixis com Oliphaunt no lugar do Troll.

É certo que, como um conceito, o Reanimator ainda fará parte do formato.

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Sowing Mycospawn

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Se a primeira escolha da Wizards foi de certa forma bem-aceita pela comunidade e não gerou muita controvérsia, não podemos dizer o mesmo sobre a segunda carta da lista. Vamos, antes de entrar no mérito, ver qual a justificativa para decretar o fim do ciclo do Eldrazi de MH3.

Segundo a Wizards, Mycospawn faz um pouco demais no formato, encontrando jogadas de fim de jogo como Eye of Ugin e Terrenos interativos como Blast Zone e Karakas, mas o seu verdadeiro poder está no seu impacto nos Terrenos adversários, primeiro ao buscar Wasteland - mas a real ofensa é poder atingir Terrenos básicos, uma categoria que costuma ser um porto seguro contra táticas que afetam a base de mana. Não é nada incomum que o Eldrazi acerte dois terrenos de uma só vez, o que acaba por afetar estratégias mais lentas e as coloque para fora do centro do formato. Assim, na sua ideia de trazer Control e Midrange para números mais expressivos, Sowing Mycospawn foi acusado de atrapalhar a experiência do formato e violar a heurística de que terrenos básicos são seguros e sentenciado à pena de banimento.

Mas a controvérsia é que essa não é uma opinião compartilhada por todos. Sim, de fato, ter sua base de mana atacada pelo Mycospawn não é uma experiência agradável. Tanto não é, que não são poucos os posts defendendo a sua retirada do formato.

Por outro lado, também não são poucos os jogadores que acreditem que uma criatura de 4 manas e 2 de kicker seja um problema com o qual o meta não possa lidar. Há um discurso de que, enquanto o Eldrazi for tier 1, decks Control estão mortos. Embora realmente o Eldrazi e o Cloudpost Ramp costumem ter ótimos resultados contra decks que tentem ganhar no atrito, eles são decks bem-sucedidos não baseados em Azul e que certamente vão perder muito da eficiência, se é que conseguirão permanecer competitivos, com o banimento.

Eu pessoalmente não gostei dessa decisão, pois acho que o Eldrazi como representante de um deck agressivo em um formato com uma quantidade elevada de Combos algo bom para o formato. E o Cloudpost Ramp, embora seja listado como Combo por alguns sites, para mim está mais no espectro Control do Legacy. Pode ser que, de fato esses arquétipos saíssem de control com Ugin, Eye of the Storms, mas eu não creio que seria algo fora do escopo de poder do formato.

Dito isso, existia uma representação vocal nas redes pedindo esse movimento e muito se discute o quanto essa pressão influenciou na decisão de banir o Mycospawn.

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O Metagame Pós-Banimento

A Wizards disse que está mantendo um olho em decks “All In” como Oops All Spells e Red Stompy e espera que as alterações façam aumentar em presença decks que inibam, ao menos em algum grau, esses arquétipos – que segundo ela, estão dentro dos padrões aceitáveis de presença e efetividade – e, portanto, não ceifou nada desses arquétipos.

Outro que escapou da rodada de banimentos foi o nosso querido passarinho Nadu, Winged Wisdom. Embora o padrão de jogo seja terrível, a sua quantidade na plataforma online, que serve de base para os dados da Wizards, acaba sendo subestimada porque muitos jogadores não gostam de usar o deck devido à quantidade infinita de habilidades que precisam ser respondidas e direcionadas.

Quanto aos vencedores com essas mudanças, naturalmente são os decks que tinham dificuldades contra Reanimator e Eldrazi, que devem ganhar um fôlego, mas que não necessariamente ocorrem simultaneamente. Por exemplo, Sneak & Show e Red Stompy tinham problemas contra Reanimator, mas eram muito bons contra Eldrazi, portanto ganham de um lado e perdem de outro.

Resta ver se de fato, como deseja a Wizards, decks que tinham problema com Mycospawn podem crescer em presença e segurar decks como Oops.

Por fim, nada foi desbanido – uma surpresa para mim, pois eu dava como certa a libertação do Hermit Druid – então não teremos nada de novo para brincar no formato.

Conclusão

Eu, que sinceramente achei que a Wizards não iria banir nada nessa janela, tive uma tarde bem agitada tentando digerir as mudanças. Eles terem colocado um freio no Reanimator, mas sem extinguir a estratégia, foi uma boa notícia.

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Já quanto ao banimento do Mycospawn, eu estou no time que achou um pouco forçado acertar um deck que considero bastante interessante para o formato em troca de, supostamente, remover uma inibição a arquétipos de maior atrito. Acredito que o Metagame tem alguns problemas maiores, como decks que consistentemente matam no turno 1 por cima de disrupção.

Mas, pro outro lado, não sou eu quem tem acesso ao mar de dados que a Wizards tem e, portanto, vamos esperar que as mudanças tenham o efeito desejado e levem a um formato mais balanceado.

Um abraço banido/não-banido e até a próxima!